29 setembro, 2009

O que deu a Cavaco?

Cavaco falou, mas não disse grande coisa. Alguém que tenha ficado absolutamente esclarecido em relação ao que passou? Não me parece. Foi um discurso vazio e que demonstrou um Cavaco em má forma. Esta situação apenas foi possível porque Cavaco não quis matar o assunto em Agosto. Ao preferir estar a banhos, comprometeu a sua imagem e alargou o caso para a campanha eleitoral. Cavaco não explicou por que razão demitiu Fernando Lima, e pior que isso, pretendeu colar ao PS o iniciar do caso, quando todos sabemos que foi no Público que surgiu a notícia, tendo como fonte alguém da casa civil.

É assim que vai a política em Portugal. Até o Presidente da República parece ter perdido o juízo.

Guerrilha no Parlamento

O PS venceu. É verdade. Perante os discursos que se ouviram pode ter parecido que não, mas ganhou. Porém, não foi o grande vencedor da noite, esse foi o CDS e Paulo Portas. O PSD e a sua política de verdade foi o grande derrotado da noite. Perante isto não existem dúvidas.
Como será possível governar o país daqui para a frente? Com seriedade, com trabalho e com acordos parlamentares. Isto pode ser bom para José Sócrates perder arrogância, obrigando-o a ceder em algumas propostas. O Parlamento vai ter um papel fundamental para o futuro do país e para a imagem da política: ou os deputados colocam os interesses de Portugal em primeiro lugar, ou matam completamente o país e a política. Os tempos vão ser de expectativa.

21 setembro, 2009

E que tal uma palavrinha?

Cavaco Silva afastou Fernando Lima, responsável pela assessoria para a comunicação social. Ora esta situação é grave: após as notícias vindas a público o Presidente não pode continuar calado. Não pode envolver-se num manto de silêncio, deixando abater suspeitas sobre tudo e todos. Ao demitir Fernando Lima, é sinal que algo não vai bem. Até dia 27 era bom haver uma palavrinha Sr. Presidente.

18 setembro, 2009

E política não?

Com o aproximar de eleições o nível parece começar a baixar. Nunca este muito elevado, mas está a ficar irrespirável.
Os grandes temas da campanha ora são os espanhóis, o TGV, Salazar, etc... E alguém ouve falar de medidas para avançar o país? Alguém consegue descobrir um debate marcadamente ideológico, onde se apresentem propostas diferentes?
Como se tudo isto não fosse já deprimente, surge o caso das "escutas", agora com novidades escaldantes. Meus caros, o Verão já lá vai, devia ser tempo de parar para pensar e perguntar: É isto que eu quero para Portugal?
Feche-se o país e havemos de ir todos parar a Espanha no moderno TGV e brincar por lá à política.

15 setembro, 2009

Alguém que nos explique

O artigo de Paulo Gorjão no Delito de Opinião acerta na "mouche". Está na hora de o PSD nos explicar as contradições.

10 setembro, 2009

Os deslizes de Manuela

Eu pergunto: Como pode uma economista como Manuela Ferreira Leite confundir IRC com IRS? Como pode uma candidata a primeira-ministra confundir-se desta maneira?
E assim prossegue a Política de Verdade. Mal.

Fraquinhos

A generalidade dos debates a que temos assistido têm sido fraquinhos. Na forma e no conteúdo. O debate Ferreira Leite- Jerónimo de Sousa não fosse a "asfixia democrática" de Manuela e uma pérola do líder comunista ao considerar que as empresas exportadoras não são assim tão importantes. Ai não? Então como quer o PCP meter o país a crescer? É que para alimentar as suas utopias teria de crescer muito mesmo.
Mas o que estes debates nos têm revelado é que a nossa classe política precisa de renovação. Não se discutem os grandes temas. Procura-se sempre qualquer polémica que evite falar dos temas estruturantes. O caso da TVI é sintomático: o importante é todos terem o seu tempo de antena para dizer parvoíces. À semelhança do que se passa nos debates. Em Portugal não se discute política nem políticas. Discutem-se egos e estados de espírito.

07 setembro, 2009

É isto a Política de Verdade?

Manuela Ferreira Leite está na Madeira, a pátria da liberdade, segundo a senhora. O calor talvez tenha ajudado ao devaneio, mas quando se afirma que na Madeira " não se encontra asfixia democrática" não se augura nada de bom. Também não é nada de bom tom usar um carro do Estado para andar em campanha eleitoral. E ironia das ironias, a senhora esteve presente numa inauguração, ah marota, mas disse que " aqui as inaugurações não gastam dinheiro". Não? Então peço-lhe: adopte esse sistema para todo o país e no dia 27 está ganho.

E assim vai a campanha eleitoral de um partido que se diz paladino da Verdade. A Verdade da Mentira, será? Ninguém sabe.

04 setembro, 2009

Funeral do Jornal de 6ª feira da TVI

Os meus sentimentos a todos. Em primeiro lugar, a quem via o dito cujo. Em segundo, aos jornalistas. E em terceiro, com muito carinho, a Manuela Moura Guedes. Confesso que estou em baixo.
Agora mais a sério.

Declaração de interesses: não via o Jornal de 6ºa da TVI. E não o via por um motivo muito simples: não o considerava jornalismo. Respeito quem gostava e gosta do estilo de Manuela Moura Guedes, eu não gostava e simplesmente não via. Não me incomodava nada o que a senhora dizia ou fazia. Agora uma coisa é certa: sou licenciado em jornalismo e não é nada disto que eu quero para a minha profissão. Mais: não foi nada disto que eu aprendi.

Agora pergunto: Como pode o PS sair a ganhar com esta situação? Não pode. Simples. Mesmo que não tenha nada a ver com esta saída vai sempre parecer que teve. Não há dúvidas: o PS vai sair prejudicado desta situação.
O que demonstra o estado da política em Portugal é o discurso da oposição: a culpa é do governo, do PS, do diabo que o valha. Mas quem é o PSD para falar em liberdade de Imprensa? Quem são o BE e o PCP para falar em liberdade? Quem é o próprio PS para falar em liberdade? Pois bem me parecia.
O povo quer é pão e circo. Neste caso pode entreter-se com uma saborosa sobremesa até dia 27 de Setembro. Medidas para o país? O que é isso?

02 setembro, 2009

Arranque a fundo

Os debates entre candidatos vão começar. Ontem a entrevista a Sócrates na RTP que não acrescentou nada que não se soubesse já; hoje o frente-a-frente Sócrates/Portas.
Eu pergunto: tão os cidadãos disponíveis para debates de baixo nível? Para ouvirem as eternas promessas. É sempre o mesmo choradinho em anos de eleições. Promete-se solução para tudo, mas não se debatem as grandes questões. Até lá continuamos com as sucessivas orgias de protagonismo a que vamos ser sujeitos até dia 27 de Setembro.