27 agosto, 2009

Qual a grande diferença?

Após a apresentação do programa do PSD fui assaltado por uma grande dúvida: qual a grande diferença entre PS e o partido de Ferreira Leite? Não se vislumbram grandes diferenças. O PS pretende que o Estado tenha um papel central na gestão do país, Ferreira Leite quer menos Estado. A grande questão é esta: como o vai conseguir?
Quando encontrar a resposta, talvez o PSD se assuma, verdadeiramente, como um partido de Direita. Até lá poderia passar por irmão quase gémeo do PS.

19 agosto, 2009

Anda tudo doido?

Não sei se será do sol, do calor, das imperiais típicas do Verão, mas parece que anda tudo doido. Alguém acredita que o PS ou o Governo andam a fazer escutas em Belém? Portugal é um circo mediático, em que tudo se sabe sem ser preciso recorrer a escutas. O tuga não resiste ao protagonismo. Ponto final.
Estranho que a pouco mais de um mês das eleições queiram fazer em Portugal um novo caso Watergate. Somos muito pequeninos.

17 agosto, 2009

O manifesto da esperteza

Excelente artigo do Francisco Camacho no "i". Em Portugal há muito o hábito da esperteza.

13 agosto, 2009

Ler

A falência do discurso político. Bom texto de Alexandre Homem Cristo. A forma como se discute política em Portugal é má, muito má.

O Comunismo é uma criança de 5 anos

Ao longo do tempo o PCP nunca se adaptou à nova ordem mundial, nunca evoluiu no seu pensamento. Preferiu parar no tempo, continuar com as receitas antigas e que todos sabemos a onde nos iriam levar. Talvez até uma Coreia do Norte? Não sei. Deixo ao critério.

O que eu sei é que após dar uma breve vista de olhos no programa do PCP, ri à gargalhada. Isso mesmo: qual louco, não consegui parar de rir. Aquele programa parece um filme de animação, daqueles em que tudo parece belo, o mundo da fantasia, diria. É isso mesmo que é o PCP, uma fantasia. O seu programa eleitoral confirma isso mesmo.

É um partido irrealista, com medidas utópicas: nacionalizar é o ponto de ordem, aumentar os reformados, aumentar o salário minímo , reduzir a semana de trabalho para 35 horas, descer o preço dos combustíveis, etc, etc. Tudo coisas lindas não é? Mas eu pergunto: Onde ia buscar o PCP o dinheiro? Se me responderem a esta pergunta eu prometo votar PCP para o resto da vida. Mas como o PCP é um partido a fazer política no País das Maravilhas nunca terei de o fazer.

12 agosto, 2009

É isto mesmo

Pedro Correio acerta em cheio. O PCP parou no tempo. Chegou aquele ponto em que fala, fala, mas ninguém lhe parece ligar. O passado não volta mais. Neste caso, felizmente.

Será pedir muito?

Ouvir falar de Justiça. Gostava de ouvir os partidos dizer como vão mudar a Justiça. Ninguém percebe que é uma das grandes causas do nosso atraso? Simplesmente não funciona.
Mas cá no burgo prefere-se olhar para o umbiguinho, para as lutinhas internas dos partidos. É o narcisismo no seu melhor. Infelizmente, é a política no seu pior.
Mal vai um país que não discute os seus grandes problemas.

07 agosto, 2009

O funeral

Em Portugal os partidos não têm ideologia. Alguém encontra diferenças significativas entre o PS e o PSD? O programa eleitoral do PS não poderia pertencer ao PSD e vive-versa? Cheira-me que podia. Quem perde é o país. Perde debate ideológico, perde modelos de governação alternativos, perde discussão. Mas que interessa tudo isso? Em Portugal ninguém se incomoda com estas questões. Para quê debater as grandes questões? Incomoda muito.
Em tempos de campanha eleitoral prossegue o funeral da classe política portuguesa. A bom ritmo.

05 agosto, 2009

Política de verdade III

Muito bom este post de Pedro Correia. Manuela Ferreira Leite foi contra tudo o que disse: renovação nas listas, seriedade e verdade. Preferiu afastar todas as vozes discordantes da sua. Mais: resolveu indicar António Preto e Helena Lopes da Costa. Renovação? Seriedade? Pois.

Preferiu tornar o PSD na sua coutada pessoal. E assim vai a política do PSD: sem rumo.

04 agosto, 2009

Política de Verdade II

Dar uma olhadela no que escreveu Paulo Pinto Mascarenhas.
A renovação das listas que falava Ferreira Leite era o quê? Afastar nomes indicados pelas distritais? Ou indicar nomes como Helena Lopes da Costa e António preto? Confesso que estou ansioso pelas explicações da líder. A " dama de ferro" está por aí.

Política de verdade I

A Política de verdade de Ferreira Leite baseia-se no afastamento de todos aqueles que não apoiam a líder. Ferreira Leite contrariou alguns nomes votados pelas distritais do partido e impôs os nomes que bem entendeu. Não cometeu nenhuma irregularidade, mas ao não aceitar o pluralismo de ideias, está a afundar um princípio básico da democracia. E assim caminha alegremente o PSD para as legislativas.

Retrato do Bloco de Esquerda

Ler o texto de João Galamba no Aparelho de Estado. O BE parece um jovem revolucionário e utópico: cheio de sonhos e medidas, mas apenas isso.

É isto mesmo

O post de Carlos Barbosa de Oliveira no Delito de Opinião resume bem a farsa que é o PSD de Manuela Ferreira Leite. O PSD reclama uma política de verdade, mas na verdade pratica uma política pequenina e mázinha. Quando se fará política a sério em Portugal?

Mas que verdade?



Estou um pouco baralhado: Ferreira Leite não é a dona da verdade? Não é o rosto da seriedade? Então alguém me pode explicar como vão surgir dois deputados arguidos nas listas do PSD por Lisboa? É verdade, meus caros, Helena Lopes da Costa e António Preto.
A primeira, é suspeita de abuso de poder enquanto vereadora na Câmara de Lisboa, o segundo é arguido num processo de fraude fiscal e falsificação.

Posso dizer que estou enojado. Esta senhora é mais do mesmo. De que lhe vale apregoar a verdade e seriedade se depois dá esta imagem?

A política é uma arte nobre, pena que os nossos não a saibam respeitar e apenas contribuam para o seu descrédito. Em Portugal as aparências são sempre as melhores. O pior é o resto.

03 agosto, 2009

São mesmo?

Pedro Adão e Silva diz no seu blog que "A dois meses das eleições, as diferenças entre os dois principais partidos são claras e é possível de facto escolher alternativas."
Será mesmo assim? Eu da minha parte acho que não. Não vejo grandes diferenças a não ser nas obras públicas, casamento dos homossexuais e, talvez, impostos. Nas grandes questões institucionais não se sabe o que cada um quer fazer. Alguém sabe o que cada um quer fazer na Justiça? Apenas a reforma mais essencial para Portugal. Pois. Sem responder a esta questão não se pode " escolher alternativas."

E então?

Em visita à terrinha tive uma descoberta digamos, vá, soberba. Ia tranquilamente na A1 quando vislumbrei um dos famosos painéis informativos do preço dos combustíveis e da distância da próxima área de serviço. Pensei: boa, agora já posso escolher onde quero meter gasolina. Mas após olhar bem para os ditos painéis verifiquei a soberba descoberta: os preços são todos iguais. Mas que diabo, não era suposto serem diferentes? Então desci à terra: em Portugal a lei do mercado não funciona. E assim a descoberta soberba ficou reduzida a mais uma desilusão.