31 julho, 2009

Brincando aos programas eleitorais

Até ao momento são conhecidos os programas eleitorais do PS e BE. Quero dizer apresentados, se alguém já os conhece é outra história. A direita portuguesa continua sem dizer nada. Estamos a menos de 2 meses das eleições e ainda não se sabe o que estes partidos apresentam para o país. Não seria bom o eleitorado ter tempo para conhecer e perceber as medidas que cada partido propõe? Eu pergunto: como pode o eleitorado da direita fazer uma escolha informada e clara? Não será passar um cheque em branco?
Os partidos não se querem abrir à sociedade civil, apenas querem continuar envoltos nos seus mantos negros.

30 julho, 2009

É este ano


Este ano é que promete ser o da águia. Temos Jesus no Mundo, isto é, na Luz. Temos 6 avançados e temos 6 milhões de adeptos. Pelo que ando a ver este ano é mesmo entre Benfica e Porto, o Sporting é uma equipa à imagem do seu treinador: fraquinho. Parece que já os estou a ver a imolarem-se contra os árbitros. Era bonito de se ver.

O pequenino monstro

Confesso que ainda não li o programa eleitoral do PS. Mas quando o ler espero encontrar nas suas 120 páginas tudo aquilo que o país precisa para sair da situação em que se encontra. Espero que haja espaço para tudo, tudinho. Eu pensava que o programa eleitoral era , supostamente, para ser lido pelas pessoas. Mas quem vai ler um monstro de 120 páginas? Uma pequena minoria e muitos deles por obrigação profissional. E assim vai a nossa política: de monstro em monstro.

29 julho, 2009

O PS não percebe nada de natalidade

Parece que o PS vai incluir no seu programa eleitoral uma medida que propõe a criação de uma conta poupança de 200 euros por cada bebé nascido. Supostamente esta medida pretende contribuir para o aumento da natalidade em Portugal.

Mas alguém acha que os portugueses vão começar a procriar como coelhos devido a esta medida? Repare-se que a medida consiste na criação de uma conta que só pode ser levantado quando a " criança" tiver 18 anos. Bonito, não é? Já me sinto na tentação de fazer um filhote.

O que gostava de ver no programa eleitoral eram medidas `que incentivassem realmente a natalidade: abonos de família decentes, incentivos fiscais nas fraldas, uma lei das rendas que se preocupasse com a habitação jovem, etc, etc. Como podem as famílias pensar em ter filhos se nem sequer podem comprar uma casa ou arrendar? Como podem ter filhos se não existem creches suficientes? Se alguém me responder a estas questões durante a campanha eleitoral terá o meu voto. Não brinquem é à natalidade, por favor.

Quem diria

Um estudo do jornal "i" revela que o défice cresce mais, em média, quando o PSD está no poder, do que quando o PS está no governo. Este estudo revela ainda que quando o défice sobe, em média isso leva a um aumento de impostos nos anos seguintes.
Curioso, não? Num ano em que o défice português ameaça ser de 5,9% ou mais, PS e PSD já vieram dizer que não vão aumentar impostos. E agora eu pergunto: Então como vão fazer para conter o monstro? Vão cortar de forma clara na despesa do Estado? Como e em que áreas? E aqui surge mais uma revelação bombástica: os governos PSD contribuem mais para o crescimento do monstro. Ora isto num partido de direita é, como vêem, bastante contraditório.
O PSD aumenta mais a despesa pública do que o PS. E Ricardo Reis revela ainda que se for excluído o aumento da despesa devido à crise, o governo de Sócrates seria a rara excepção de ter reduzido o tamanho do monstro, de 21,5% do PIB (2005) para 21% no final de 2008.
Surpreendidos? Eu também, confesso.
Mais um tema que sonho ver discutido na campanha eleitoral.

28 julho, 2009

Começa mal, muito mal

O debate António Costa/ Santana Lopes foi mau. Tudo aquilo que eu não desejava ver na política portuguesa esteve presente: a culpa é sempre de alguém mas nunca de quem tem capacidade para decidir, passaram o debate quase todo a falar das contas da autarquia lisboeta, é um assunto lindíssimo, sem dúvida, mas será que alguém aguentou ouvi-lo? Será que alguém ficou a conhecer uma medida para Lisboa?

A política portuguesa é isto mesmo: uma gritaria e orgia de protagonismo. Nada mais. Onde andam os políticos e a política?

Portugal não pode esperar

Aproximam-se as campanhas eleitorais. Os gritos, as bandeiras, promessas, comícios. Gostava que este ano fosse diferente. Que se falasse de política, de medidas, reformas, instituições. O que é preciso fazer para tirar Portugal da crise, o que é preciso para as empresas se tornarem mais competitivas, o que fazer para tirar a Justiça do caos em que mergulhou, o que fazer para avaliar correctamente os professores, explicar por que razão se é contra ou a favor das grandes obras. São alguns temas que gostaria de ver abordados em Setembro. Não podemos passar cheques em branco para governar Portugal. Só podemos escolher depois do haver um debate de ideias claro e objectivo. Chega de política rasteira.